Oh, gato manhoso!
Corre corre sem sossego.
Bate de cá, no seu leve enlevo.
Brinca sem medo, belo e garboso!
Oh, novelo de linha!
Bate e rebate no canto da sala.
Vai, volta, leva sua presa sem fala.
Ninguém viu, onde foi, destino não tinha!
Oh, gato manhoso!
Correu com pressa logo atrás.
Pega que pega o brinquedo, voraz.
Escorrega de novo, do gato zeloso!
Oh, novelo e agora!
Parece que foge onde vai.
Parece que foge onde vai.
Rola na porta na escada ele cai.
O gato e ele a sós lá agora!
Oh, gato manhoso!
Quase que pega o brinquedo ligeiro.
Quase que pega o brinquedo ligeiro.
Rola e pula vai levando o matreiro.
A presa alegre de um jeito gostoso!
Oh, novelo que nada!
Consegue levar o gato sozinho.
O bichano indefeso te pertence todinho.
Gira o novelo sobre a calçada!
Oh, gato manhoso!
Que com a pata no ar.
Com unhas e dentes não pode agarrar.
O bichano se vai no ato doloso!
Oh, novelo branco ou vermelho!
Agora se pinta, de tinta de vida.
Disforme e inerte, sem alma contida.
Sem fé o novelo se desfez do fedelho!
Oh, manhoso que tanto correu!
A roda que gira, com a vida, seguiu.
Oh, novelo branco e vermelho, assistiu.
O gato manhoso que agora...!
Nenhum comentário:
Postar um comentário