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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Novelo branco pintado de rubro

Oh, gato manhoso!
Corre corre sem sossego.
Bate de cá, no seu leve enlevo.
Brinca sem medo, belo e garboso!

Oh, novelo de linha!
Bate e rebate no canto da sala.
Vai, volta, leva sua presa sem fala.
Ninguém viu, onde foi, destino não tinha!

Oh, gato manhoso!
Correu com pressa logo atrás.
Pega que pega o brinquedo, voraz.
Escorrega de novo, do gato zeloso!

Oh, novelo e agora!
Parece que foge onde vai.
Rola na porta na escada ele cai.
O gato e ele a sós lá agora!

Oh, gato manhoso!
Quase que pega o brinquedo ligeiro.
Rola e pula vai levando o matreiro.
A presa alegre de um jeito gostoso!

Oh, novelo que nada!
Consegue levar o gato sozinho.
O bichano indefeso te pertence todinho.
Gira o novelo sobre a calçada!

Oh, gato manhoso!
Que com a pata no ar.
Com unhas e dentes não pode agarrar.
O bichano se vai no ato doloso!

Oh, novelo branco ou vermelho!
Agora se pinta, de tinta de vida.
Disforme e inerte, sem alma contida.
Sem fé o novelo se desfez do fedelho!

Oh, manhoso que tanto correu!
A roda que gira, com a vida, seguiu.
Oh, novelo branco e vermelho, assistiu.
O gato manhoso que agora...!

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