"O fato que inspirou esse conto foi verídico, apesar de não ter sido uma estátua, mas o engodo e os problemas foram bem parecidos"
E na Fartura das telenovelas...
...o prefeitável Odorico Paraguassu realiza seu belíssimo discurso:
_Carissíssimos Farturopolissenses é com imenso gozo dos meus sentimentos e sastifação que venho eu lhes presentear com esta singela homenagem tão honrorífica à esta pessoa que tanto fez e tanto o fazerá por esta cidade. Claro que me refiro a minha própria pessoa que tanto mereço...
_O quee? O sinhor? - disse sinhozinho Malta ali na frente da tribuna - o sinhor coisíssima nenhuma, eu paguei então sou eu que tô aí ó! - apontando para a estátua ainda coberta com um pano vermelho.
_O sinhozinho Malta com todo o respeito mas o senhor esta redondasticamente enganado com certeza. Sendo eu o honorífico e excelentíssimo prefeito e sendo que a prefeitura foi a benfeitora desta homenagem. Inclusive com um gasto, diga-se de passagem quase astronomico digna de uma estáutua de minha pessoa, com certeza.
_Nããão sinhor! Esse aí sou eu!! Oh, eu paguei - estralando os dedos - e paguei bem caro! Tô certo? Ou tô errado? - balançando a munheca feito um guisado de cascavel. O povo concordou.
Odorico Paraguassu vendo o perigo chamou seu mais importante cabo-eleitoral.
_Seu Zeca Diabo! Diga ao povo de quem é essa estauta!!
_Bem, sim... não, sim, sim se do sinhô prefeito aqui tá falando então é por que é! - e povo dessa vez concordou com o matador.
Mas aí a coisa piorou quando o tal Rei do Gado, Bruno Mesenga, apareceu com aquela voizinha pastosa de lingua mole.
_Mas que hitória é essa aqui por causa da minha estátua?
_Sua?! - foi a resposta
_É, tão surdo agora. Paguei uns boizinho bem gordo por ela, ora se eu sou o Rei do Gado eu mereço!
Aí a discussão foi geral, cada qual tinha seus motivos e desmotivos para cada um ser e o outro não.
_Cheeeeegaaaaaa!!! - e só mesmo a viuva Porcina para poder calar todo aquele bando de homem até babando de tanto falar. - O que é isso agora?
_Não me queira vir a senhora me dizendo que também fez a encomenda da estáuta? - conseguiu dizer o prefeitável.
_Eu não encomendei nada que não sou mulher dessas coisas, não me dou ao prazer por aí de ficar me exibindo. Não vê o senhor que sou uma mulher bem discreta até. So que tá me dando nos nervos de ver os três aí discutido que nem trouxa!
_O Porcina! Trouxa não!
_A senhora respeite a minha autoridade!
_Trouxa aqui só se for o seu marido!
_ Se não são trouxa porque não descobrem essa porcaria aí e olham de quem é a estauta! Aqui, deixa que eu mesmo faço! - e tomou a corda da mão de seu Dirceu Borboleta que saiu borboletiando e descobriu o embróglio.
Todo mundo ficou pasmado, inclusive os quatro. Não é que debaixo do pano tava o tal do Galiano, bebinho da silva dormindo babando e enroscado no pedestal vazio. Os "gente boa" venderam a estátua para o prefeito, para o Sinhozinho Malta e de lambuja para o tal Bruno Mezenga. Cobraram uma nota preta de cada um e para não dar briga puseram o Galiano lá e picaram a mula.
Ah! Não é brinquedo não! Ainda chegou a dona Jurema do Bar da Jura cobrando a pingaiada que o pau d'agua consumiu. Nem com isso eles gastaram!
_O sinhozinho Malta com todo o respeito mas o senhor esta redondasticamente enganado com certeza. Sendo eu o honorífico e excelentíssimo prefeito e sendo que a prefeitura foi a benfeitora desta homenagem. Inclusive com um gasto, diga-se de passagem quase astronomico digna de uma estáutua de minha pessoa, com certeza.
_Nããão sinhor! Esse aí sou eu!! Oh, eu paguei - estralando os dedos - e paguei bem caro! Tô certo? Ou tô errado? - balançando a munheca feito um guisado de cascavel. O povo concordou.
Odorico Paraguassu vendo o perigo chamou seu mais importante cabo-eleitoral.
_Seu Zeca Diabo! Diga ao povo de quem é essa estauta!!
_Bem, sim... não, sim, sim se do sinhô prefeito aqui tá falando então é por que é! - e povo dessa vez concordou com o matador.
Mas aí a coisa piorou quando o tal Rei do Gado, Bruno Mesenga, apareceu com aquela voizinha pastosa de lingua mole.
_Mas que hitória é essa aqui por causa da minha estátua?
_Sua?! - foi a resposta
_É, tão surdo agora. Paguei uns boizinho bem gordo por ela, ora se eu sou o Rei do Gado eu mereço!
Aí a discussão foi geral, cada qual tinha seus motivos e desmotivos para cada um ser e o outro não.
_Cheeeeegaaaaaa!!! - e só mesmo a viuva Porcina para poder calar todo aquele bando de homem até babando de tanto falar. - O que é isso agora?
_Não me queira vir a senhora me dizendo que também fez a encomenda da estáuta? - conseguiu dizer o prefeitável.
_Eu não encomendei nada que não sou mulher dessas coisas, não me dou ao prazer por aí de ficar me exibindo. Não vê o senhor que sou uma mulher bem discreta até. So que tá me dando nos nervos de ver os três aí discutido que nem trouxa!
_O Porcina! Trouxa não!
_A senhora respeite a minha autoridade!
_Trouxa aqui só se for o seu marido!
_ Se não são trouxa porque não descobrem essa porcaria aí e olham de quem é a estauta! Aqui, deixa que eu mesmo faço! - e tomou a corda da mão de seu Dirceu Borboleta que saiu borboletiando e descobriu o embróglio.
Todo mundo ficou pasmado, inclusive os quatro. Não é que debaixo do pano tava o tal do Galiano, bebinho da silva dormindo babando e enroscado no pedestal vazio. Os "gente boa" venderam a estátua para o prefeito, para o Sinhozinho Malta e de lambuja para o tal Bruno Mezenga. Cobraram uma nota preta de cada um e para não dar briga puseram o Galiano lá e picaram a mula.
Ah! Não é brinquedo não! Ainda chegou a dona Jurema do Bar da Jura cobrando a pingaiada que o pau d'agua consumiu. Nem com isso eles gastaram!